By Diário de Notícias
O objetivo foi promover a cimeira que se vai realizar em Carcavelos a 08 e 09 de outubro, “partilhar experiências” e “falar com outros países”, disse à Lusa, à margem do evento, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.
Na cimeira global em São Francisco, Miguel Pinto Luz destacou a apresentação de inovações em inteligência artificial, medicina, educação e robótica, num “evento muito de elite e com uma enorme preocupação com o futuro da humanidade”, além de ser um “caldo de cultura interessante”.
Miguel Pinto Luz referiu que “uma cidade que quer ser líder tem de acompanhar estes movimentos” e que, para lá das “sinergias objetivas” do processo, a cidade de Cascais quer “liderar estes processos de transformação da sociedade num mundo em disrupção permanente”.
A Singularity University, uma escola de inovação criada pelos futuristas Ray Kurzweil e Peter Diamandis, foca-se em tecnologias exponenciais e na ideia de singularidade, de que no futuro “iremos ter energia a custos tendencialmente zero” e a inteligência artificial vai ultrapassar as capacidades humanas, “um mundo de abundância para uns e um mundo altamente disruptivo para outros”, sublinhou Miguel Pinto Luz.
A realização da cimeira SingularityU Portugal será acompanhada da formação de um corpo docente próprio, o que significa que haverá portugueses a serem “capacitados” de acordo com as linhas da Singularity University.
Esta é a “grande vantagem”, disse o vice-presidente da Câmara de Cascais, que acredita na formação de futuristas nacionais que irão pensar as questões mais relevantes para Portugal, como a economia do mar e a agricultura.
“Quem se prepara com tempo consegue ultrapassar melhor estes tempos de adversidade, mudança, revolução e disrupção”, defendeu.
Na comitiva portuguesa a São Francisco, para além de Cascais, estiveram também representadas a Beta-i e a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) – entidades que se associaram para criar a SingularityU Portugal -, bem como as três empresas parceiras do projeto desde o início, Galp, Semapa e Ageas.
Espanha, Holanda, África do Sul e Canadá, são outros países envolvidos na Singularity University e com os quais a comitiva portuguesa trocou ideias na antecipação da cimeira marcada para outubro no campus da Nova SBE, em Carcavelos.
Entre as inovações mostradas na cimeira em São Francisco está um aparelho alimentado a inteligência artificial (IA) que se coloca no pulso para manipular objetos, um exemplo de IA que pode “ajudar-nos a amplificar as nossas capacidades, não numa lógica competitiva com a espécie humana, mas numa lógica de sinergia”, disse Miguel Pinto Luz.
As áreas de ‘blockchain’ (tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança) e moedas digitais também estiveram em destaque “com enormes preocupações com os seus impactos no plano ético, moral e da sociedade”, acrescentou o autarca.