A SingularityU Portugal Summit Cascais arrancou ontem no novo Campus da Nova SBE, em Carcavelos, e contou com a presença de mais de 600 pessoas. Com abertura de Jeffrey Rogers, Diretor do Staff da Singularity University que destacou que o pensamento exponencial, capaz de gerar resultados que aceleram ao longo do tempo, deve estar na lista de prioridades das grandes empresas que querem sobreviver num mundo que se transforma a passos largos.
De seguida, David Roberts, um dos maiores especialistas do mundo em tecnologia disruptiva e professor na Singularity University, subiu ao palco para agitar a plateia quando referiu que 40% das empresas cotadas no S&P500 desaparecerá na próxima década: “todas as indústrias estão sujeitas a ser alvo de disrupção nos próximos 10 anos”, refere. Sobre Portugal, o especialista mencionou que “o país tem pela frente um futuro extraordinário de oportunidades”.
Durante o primeiro dia da cimeira foram abordados alguns dos maiores desafios globais atuais, que se acentuam devido ao desenvolvimento tecnológico. Apesar do seu potencial e oportunidades para criar um futuro e mundo melhor, as tecnologias exponenciais, se mal aplicadas, também fomentam a desigualdade, pobreza extrema, violência e danos ambientais. Segundo Nathaniel Calhoun, Professor da Singularity University “temos o dever de preservar e manter a responsabilidade da promessa da tecnologia: criar ideias e soluções inovadoras e não gerar novos problemas exponenciais.”
A necessidade de disrupção na educação foi bastante frisada por alguns oradores, tais como David Roberts e Esther Wojcicki, uma das maiores especialistas do mundo em tecnologia educacional, que explicou que quanto mais os estudantes seguem instruções, menos criativos são e que o ensino não está adequado às realidades atuais.
Na parte da tarde, Cristina Fonseca co-fundadora da Talkdesk, que se sagrou o novo “unicórnio” português depois de ter anunciado a semana passada uma ronda de investimento de mais de 100 milhões de dólares, fez um balanço muito positivo do primeiro dia da cimeira, referindo que “ter os melhores professores da Singularity University a contar a sua experiência e visões de futuro na primeira pessoa é muito relevante para quem quer estar desperto para as oportunidades que as tecnologias de futuro poderão oferecer.”
O fator humano foi apontado como um dos principais motores da transformação tanto por Manuel Tânger, co-fundador da Beta-i, como por Carin Watson, Vice Presidente Executiva de Learning & Innovation na Singularity University, que sugere que “devemos ponderar ativamente em desaprender para perceber o que é necessário para as empresas adotarem o pensamento exponencial.”
Por fim, de acordo com Ricardo Marvão, Diretor Executivo da SingularityU Portugal, “o primeiro dia de intervenções da SingularityU Portugal Summit Cascais foi inspirador para líderes que pretendem compreender, acompanhar o poder do crescimento exponencial que se vive nos dias de hoje e levar essa mudança de pensamento para as suas organizações.”
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